quinta-feira

O inferno existe

Nessa semana maravilhosa, de cara nova, com um modelo de blog mais simples, que possibilita o acesso as informações de maneira mais fácil e com melhor aparência, continuamos correndo com perseverança no certame que nos é proposto, rumo ao nosso Deus.
Seja bem-vindo você que está aqui pela primeira vez; você que nos conheceu a pouco tempo; você que nos segue a algum tempo e também você que está aqui conosco semanalmente. Meu coração se alegra e gostaria de te acolher com um abraço fraterno, desejando-lhe a paz do nosso Senhor Jesus Cristo e toda sorte de bênçãos e graças do Pai pela ação do Espírito Santo de Deus na sua vida, querido e querida do Senhor.
Em virtude de algumas provações e grandes tribulações na alma, na semana passada ficamos sem nossa formação. Mas não foi a toa! Isso rendeu um poema (que você pode acessar e ler no meu blog pessoal: www.gustavomunhon.blogspot.com.br) que vai gerar uma formação sobre esse tema aqui. Você não perde por esperar!
No dia 06/10/2013, com muita oração, jejum e penitência, tive a graça maravilhosa de partilhar com meus irmãos do grupo de oração que participo (você pode conferir as fotos e ver o que aconteceu entrando no blog do Grupo de Oração Messias da Paz: www.familiamessiasdapaz.blogspot.com.br) sobre um tema que está sendo pouco falado hoje em dia: O inferno!
Já partilhamos em outras postagens sobre o céu e nosso tema hoje é o pavimento inferior. Vamos nos aprofundar em alguns pontos que para alguns podem ser dúvidas, que sanaremos com base na Palavra de Deus, no Catecismo da Igreja Católica, no Santo Magistério e nas Sagradas Tradições; entrando de cabeça nas riquezas gloriosas da Igreja que por muitos está esquecida.
O que é o inferno? Ele existe mesmo? Onde ele começa? Quem vai para o inferno? Quais são os tormentos e as penas que os condenados sofrem? Há alguma de forma de se salvar do inferno?
Como nosso tema é muito extenso hoje, vamos nos basear apenas em quatro pontos, onde tudo o que pode nos levar para o inferno estão elencados neles. Nosso primeiro ponto é o pecado!
São Paulo nos explica exatamente que o pecado é uma desgraça total, que causa destruição, doenças, morte, separação dos homens e o pior de todos, separação de Deus, quebra da comunhão com Ele.
Por isso ele escreveu a comunidade de Roma:
"Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus". (Rm 3,23)
O que isso significa? Primeiro, todos nós nascemos com o pecado original, fruto dos nossos primeiros pais, Adão e Eva (com apenas duas exceções: a maravilhosa Virgem Maria e o nosso Senhor Jesus Cristo - tema que aprofundaremos em outras postagens). Mas também significa que além do pecado original, nós pecamos muitas vezes, consciente ou inconscientemente.
Veja o que a Palavra de Deus nos ensina:
"O justo cai sete vezes, mas ergue-se, enquanto os ímpios desfalecem na desgraça". (Pv 24,16)
Então, todos nós pecamos, aceitando ou não; os bons e os maus. Aliás, já refletimos na postagem "Deixa Deus te defender" que se não reconhecemos o pecado, Deus não pode nos perdoar, mas se o reconhecemos Deus aí está fiel e justo para nos perdoar (cf. 1Jo 1,9). Não adianta nada esconder os pecados, pois tudo é nu e descoberto aos olhos do Senhor. Isso é orgulho.
Santo Agostinho disse: 'O orgulho é tão maldito que transformou um anjo em demônio'. E aqui temos o salário para o pecado, que São Paulo nos traduziu:
"O salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor". (Rm 6,23)
O PECADO MATA, GERA MORTE NO CORPO, NA ALMA E NO ESPÍRITO E PRODUZ OS EFEITOS DA MORTE PARA A PESSOA QUE O COMETE, DEIXA UM CHEIRO DESAGRADÁVEL DE INFERNO E DEIXA UM RASTRO DE MORTE PARA TODOS QUE ESTÃO AO REDOR.
É tanta desgraça que quem vive em pecado (principalmente mortal) fede, mesmo que não no corpo, se pudéssemos sentir perceberíamos que há um fedor até na alma da pessoa. Ela pode estar viva pelo espírito, mas vegeta no corpo e na alma e aos poucos vai se destruindo e se condenando, com ou sem ajuda dos outros.
Quem vive de acordo com o sistema e a mentalidade do mundo, com a moda, com o jeito de ser, de viver e de pensar já está vivendo uma vida de pecado, pois quem se faz amigo do mundo automaticamente já se faz inimigo de Deus (cf. Tg 4,4).
Retomando a questão do pecado original para entendermos melhor, o pecado entrou no mundo pela desobediência de Adão, que cedeu a tentação da serpente primitiva e se espalhou para todos.
"Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo gênero humano, por todos pecaram... De fato, até a lei o mal estava no mundo. Mas o mal não é imputado quando não há lei". (Rm 5,12-13)
O mal não é imputado quando não há lei! Isso significa que não podemos ser julgados quando não temos conhecimento; desde que não além não ter conhecimento, não tenhamos acesso ao conhecimento (aprofundaremos esse tema da ignorância em outras postagens). Por isso que São João dá a seguinte definição para o pecado:
"Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei". (1Jo 3,4)
Portanto para que nós pequemos é necessário que tenhamos conhecimento da lei para transgredi-la. Aqui é o momento propício e certeiro para entrarmos no que a Santa Igreja nos ensina sobre pecado mortal e pecado venial. Você sabe a diferença entre os dois? O Catecismo da Igreja Católica assim define:
1854. Os pecados devem ser julgados segundo a sua gravidade. A distinção entre pecado mortal e pecado venial, já perceptível na Escritura, impôs-se na Tradição da Igreja. A experiência dos homens corrobora-a.
1855. O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infracção grave à Lei de Deus. Desvia o homem de Deus, que é o seu último fim, a sua bem-aventurança, preferindo-Lhe um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofendendo-a e ferindo-a.
Mas há uma diferença principal que está nos parágrafos posteriores; primeiro definindo o pecado mortal e citando os três pontos necessários para que um pecado seja considerado como mortal:
1857. Para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: «É pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado».
1858. A matéria grave é precisada pelos dez Mandamentos, segundo a resposta que Jesus deu ao jovem rico: «Não mates, não cometas adultério, não furtes, não levantes falsos testemunhos, não cometas fraudes, honra pai e mãe» (Mc 10, 18). (...)
1859. Para que o pecado seja mortal tem de ser cometido com plena consciência e total consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, da sua oposição à Lei de Deus. E implica também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma opção pessoal. A IGNORÂNCIA SIMULADA E O ENDURECIMENTO DO CORAÇÃO NÃO DIMINUEM, ANTES AUMENTAM, O CARÁTER VOLUNTÁRIO DO PECADO.
1860. A ignorância involuntária pode diminuir, ou mesmo desculpar, a imputabilidade duma falta grave. Mas parte-se do princípio de que ninguém ignora os princípios da lei moral, inscritos na consciência de todo o homem. Os impulsos da sensibilidade e as paixões podem também diminuir o caráter voluntário e livre da falta. O mesmo se diga de pressões externas e de perturbações patológicas. (...)
1861. O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis. (...)
Então, logo depois temos a explicação de pecado venial:
1862. Comete-se um pecado venial quando, em matéria leve, não se observa a medida prescrita pela lei moral ou quando, em matéria grave, se desobedece à lei moral, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento.
1863. O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e não seguido de arrependimento, dispõe, a pouco e pouco, para cometer o pecado mortal. No entanto, o pecado venial não quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. (...)
Resumindo, o pecado mortal é a falta principalmente contra os 10 mandamentos (onde também podemos acrescentar os cinco mandamentos da Igreja e os sete pecados capitais [Gula, Avareza, Luxúria, Ira, Tristeza, Preguiça, Orgulho] dos quais derivam todos os outros) desde que se tenha conhecimento e se cometa livremente; enquanto que o pecado venial é uma falta mais leve ou cometido sem conhecimento ou sem liberdade.
Como se isso não bastasse, o Catecismo também nos ensina que há pecados que bradam ao céu e clamam a ira de Deus para ser derramada sobre a Terra (sobre este tema muito interessante, refletiremos e aprofundaremos em outras postagens:
1867. A tradição catequética lembra também a existência de «pecados que bradam ao céu». Bradam ao céu: o sangue de Abel; o pecado dos sodomitas; o clamor do povo oprimido no Egito; o lamento do estrangeiro, da viúva e do órfão; a injustiça para com o assalariado.
Se você parar para pensar agora: você está vivendo em pecado mortal? Isso é um perigo constante e risco de condenação eterna!
AS PESSOAS HOJE, TENDO CONHECIMENTO E DELIBERAÇÃO, OPTAM POR PECAR E POR VIVER EM PECADO MORTAL! NÃO PENSEM QUE ALCANÇARÃO A MISERICÓRDIA DE DEUS SEM ARREPENDIMENTO, SEM UMA VERDADEIRA CONVERSÃO E SEM REPARAR SEUS ERROS. É NECESSÁRIO ACORDAR DO SONO E DA MORTE QUE O PECADO PROVOCA EM NÓS!
O místico Santo Agostinho de Hipona nos diz uma frase espetacular para refletirmos: 'Os demônios foram condenados por causa do orgulho e os homens são condenados por causa da luxúria.' Já o outro místico carmelita, São João da cruz, dizia: 'Por prazeres terrenos, sofrem-se tormentos eternos'.
E para dar a chave de ouro e a revelação do que acontece no inferno, temos o doutor zelosíssimo da Igreja Católica, Santo Afonso Maria de Ligório, que nos ensina: 'Noventa por cento das almas que estão condenadas no inferno, estão lá por causa de pecados impuros' (também chamados de pecados desonestos).
Pense um pouco agora: se 90% das pessoas que estão no inferno estão só por causa de pecados impuros, os outros 10% estão lá por causa de todos os outros pecados juntos. Mas o que são esses pecados impuros? São todos os pecados cometidos contra a pureza, relacionados a sexualidade. Ou seja: fornicação (sexo antes do casamento), adultério (sexo cometido fora do casamento), masturbação (prazer sexual desordenado) e homossexualismo (relações sexuais contra a natureza).
Como remédio para esse mal desgraçado do sexo errado que é tão incitado, explicitado e fomentado em tudo que nos cerca, temos o ensinamento do maravilhoso São Felipe Néri, voltado para os jovens: 'A devoção a Virgem Maria e a Jesus Sacramentado são, senão o melhor, mas o único meio de um jovem conservar pura a sua vida. Sem Eucaristia não há castidade'. Ele também ensina: 'Na luta contra o pecado, vence quem foge'. (em outras postagens aprofundaremos o tema da castidade e da pureza). 
Aqui respondemos os dois primeiros questionamentos: o inferno é o afastamento pleno e definitivo do Senhor, uma vida de pecado mortal e longe da comunhão com Ele. Essa vida de pecado individul e particular tende a se reproduzir e se alastrar, como citamos acima.
AS PESSOAS ESTÃO CRIANDO E FUNDANDO O INFERNO AQUI NA TERRA, ESTÃO VIVENDO LONGE DE DEUS, ESTÃO VIVENDO COMO SE DEUS NÃO EXISTISSE. E NÃO SÃO PAGÃOS E NEM PESSOAS DE OUTRA RELIGIÃO, MAS SÃO OS CRISTÃOS, QUE SÃO A MAIOR RELIGIÃO DO MUNDO QUE ESTÃO FAZENDO A ALEGRIA DE SATANÁS.
Por isso a necessidade urgente de eu e você assumirmos o compromisso de criar céu, de viver o Céu na Terra, de vivermos uma vida de santidade, renunciando e lutando contra todo pecado, até o sangue (cf. Hb 4,12), contra tudo o que nos afasta do Senhor, tudo o que desagrada o coração de Deus, evitando a impureza (cf. 1Ts 4,13).
Assim estaremos quebrando as muralhas que nos separam dEle (cf. Is 59,1), pararemos de alimentar o demônio (cf. Gn 3,14) e estabeleceremos essa civilização do amor que tanto almejamos (como refletimos na postagem anterior).
É NESSE PONTO E NESSE SENTIDO QUE O CIC (Catecismo da Igreja Católica) PEGA FORTE PARA NOS CHAMAR ATENÇÃO E NOS ALERTAR: O INFERNO EXISTE SIM! Se você é católico e ouviu alguém dizer que o inferno não existe, aprenda, decore e passe para essa pessoa o que a doutrina da Esposa de Cristo nos ensina:
1035. A doutrina da Igreja afirma a existência do Inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente, após a morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, «o fogo eterno». A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira.
1036. As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: «Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e como são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14).
Vamos romper com o pecado para transformar a imagem da nossa vida e da sociedade que está como na primeira imagem acima? Santo Agostinho ensina: 'O pecado é o motivo da tua tristeza, portanto, deixa que a santidade seja o motivo da sua alegria'. Mas como viver a santidade se até já cometemos ou vivemos em pecado mortal? JESUS NOS DEIXOU O REMÉDIO NA IGREJA! Ele se chama Sacramento da Reconciliação (ou da Penitência, também conhecido como confissão).
Há um problema moral, social, de mentalidade fraca e ignorante no mundo que vivemos. As pessoas que não buscam a Deus vivem em pecado e querem defender a ideia de que o pecado não existe para poderem pecar, incentivar os outros a pecarem e levar todo mundo junto com eles para o inferno.
O erro de quem incentiva e aplaude o pecado também será julgado meus irmãos, mas o julgamento começará pela casa de Deus (cf. 1Pd 4,17). Em outras postagens aprofundaremos o tema do julgamento particular e do julgamento ou juízo final.
É certo que mesmo entre os católicos, muitos não acreditam que o sacramento da confissão é uma graça maravilhosa, proveniente da paixão do Senhor, que nos confere os méritos poderosos do seu sangue redentor, que nosso Senhor Jesus Cristo institui, quando soprou o Espírito Santo sobre os apóstolos e lhes consagrou ministros da reconciliação, sacerdotes que nos abrem as portas do perdão e da amizade com Deus que tinha sido fechada pelo nosso pecado (cf. Jo 20,22-23).
Por que digo isso? Porque as pessoas não se confessam mais com o sacerdote que tem a autoridade da palavra de Jesus Cristo e da Igreja para nos perdoar os pecados! Preferem ficar com a ideologia e mente protestantizada de que só se confessam com Deus. Ahhh, que pena dessas pessoas que estão se perdendo por não conhecer os meios eficazes de salvação (que são os sacramentos, que aprofundaremos em outras postagens) que Cristo deixou à nós na Igreja e nos dá através da Igreja.
A esse respeito o padre Léo,SCJ já dizia: 'Todo mundo se confessa: os ateus se confessam, os protestantes se confessam. Existem duas formas de fazer isso: ou você se confessa pelo sacramento ou você se confessa pelo sofrimento. Escolha!' E ele continua explicando: 'Quando você se confessa pelo sacramento, você tem a graça da absolvição dos seus pecados. Quando você opta por confessar pelo sofrimento, você absorve o pecado'.
QUAL VOCÊ TEM ESCOLHIDO? Eu sem dúvida alguma prefiro o sacramento da confissão! Pra que sofrer a toa e ainda absorver o pecado, aumentando seu efeito e sua causa em sua vida? Larga de ser besta!
O grande problema está dos dois lados hoje em dia: os católicos que não querem se confessar e acham que não precisam disso; e os sacerdotes corrompidos (pelas doutrinas maçônicas, protestantes, espíritas e satânicas da Nova Era que estão infiltrados na Igreja e nos Seminários) que não ensinam o povo o que é pecado e o que não é.
HÁ UMA CARÊNCIA DE SACERDOTES SANTOS E BEM CATEQUIZADOS PARA ESSE SÉCULO XXI, QUE SEJAM SUBMISSOS AO QUE A IGREJA ENSINA E QUE SAIBA ENSINAR O CLERO AS VERDADES ESSENCIAIS DA FÉ! É HOJE QUE PRECISA SE CUMPRIR A PROFECIA DE JOÃO PAULO II, LEVANTANDO-SE UMA GERAÇÃO CATÓLICA E SANTA!
Perceba o que acontece realmente, como nos ensina o glorioso São João Maria Vianney: 'Quando pecamos, o demônio tira toda a nossa vergonha. Quando vamos nos confessar, o demônio coloca toda a vergonha de volta.' O problema das confissões sacrílegas ou mal feitas foram o motivo que Deus quis mostrar à mística carmelita Santa Teresa d´Ávila.
Ela viu como que uma neve caindo e perguntou para Jesus o que era essa neve. Ele respondeu que eram as almas das pessoas que estavam sendo condenadas naquele momento. Catarina ficou espantada pois eram muitas. E disse a Jesus: "Precisamos evangelizar os pagãos Senhor". Ele respondeu: "Não são pagãos que estão sendo condenados, mas cristãos".
Ela disse: "Senhor, por que esses cristãos estão sendo condenados? Precisamos aumentar o serviço de catequese." Ao que Jesus respondeu enfim: "Não são cristãos ignorantes, mas cristãos que tem conhecimento, mas estão sendo condenados por causa da confissão mal feita".
Isso é a pura realidade que acontece hoje! Além de não saber se confessar bem, os católicos guardam o pecado secreto por medo, para defender sua imagem, porque acham que não precisam confessar tudo. Mas a doutrina da Igreja Católica nos ensina: PECADO CONFESSADO É PECADO PERDOADO, MAS PECADO NÃO CONFESSADO, É PECADO RETIDO! Precisamos falar os pecados.
A forma mais perfeita que podemos fazer para tranquilizar nossa vida é fazer um levantamento geral da nossa vida com um bom exame de consciência e fazer uma boa confissão geral de toda a nossa vida. Com isso tiramos todo o poder que o demônio tenha de acusação da nossa vida com a lista de pecados que tem de cada um de nós. Escolha um bom sacerdote, um momento adequado e não perca mais tempo sofrendo com os pecados.
Recomendamos que você compre, leia e medite com um valioso livro que vai te ajudar muito nessa questão da confissão e da confissão geral, escrito pelo Padre Luiz Chiavarino, chamado "Confessai-vos bem" da Editora Petrus.
Precisamos olhar para dentro de nós, auxiliados pela ação do Espírito Santo de Deus. Podemos pedir a ajuda da Virgem Maria que ficou três meses limpando a casa de sua prima Isabel, para que ela nos ajude a colocar nossa casa interior em ordem e ver onde mais precisamos dessa limpeza que a confissão nos proporciona. O sangue de Jesus vai nos lavar e nos fazer renascer para uma nova vida de comunhão com Deus. Talvez seja isso o que muita gente precisa fazer!
Para tal, quero deixar aqui o que é necessário para uma boa confissão, que Santo Tomás de Aquino ensina em seu sermão sobre o Credo: 'São necessários três  elementos na Penitência - a contrição, que é a dor do pecado com o propósito de abster-se dele no futuro; a confissão íntegra, isto é, de todos os pecados, e a satisfação, que é realizada pelas boas obras'.
O pecado é tão maldito que se morrermos com ele, vamos diretamente para o inferno, como vimos acima. Mas se confessamos o pecado mortal, ainda nos resta o mal que esse pecado gerou e deixou em nós e isso nos encarrega de passar sete anos sofrendo no purgatório, conforme os ensinamentos de Santa Catarina de Gênova no Tratado do Purgatório (em outras postagens aprofundaremos sobre o tema do Purgatório que é tão polêmico).
Eis o fruto do nosso pecado e da vida desleixada! Mas o nosso pecado só pode nos levar para o inferno se aceitarmos viver nele e não o entregarmos para o Senhor, pois Ele tem poder para perdoar o nosso pecado. O problema é que o pecado é gostoso e quanto mais alguém vive em pecado, com maior dificuldade conseguirá se libertar dele e viver uma vida reta, pois além do mal do pecado, existe a iniquidade e a fraqueza que o pecado gera em nossa alma.
Por isso está escrito no livro do Eclesiástico:
"Filho, pecaste? Não o faças mais. Mas ora pelas tuas faltas passadas, para que te sejam perdoadas. Foge do pecado com se foge de uma serpente; porque, se dela te aproximares, ela te morderá. Os seus dentes são dentes de leão, que matam as almas dos homens. Todo pecado é como uma espada de dois gumes: a chaga que ele produz é incurável". (Eclo 21,1-4)
Então, entramos no terceiro ponto dessa postagem que é a falta de penitência. A Igreja sempre ensinou e sempre incentivou os fieis católicos a praticarem a penitência como um auxílio oportuno para ter autodomínio, para fugir do pecado e das paixões desordenadas, mais fortemente na época da quaresma e do advento. Esse é o quarto mandamento da Igreja.
2043. O quarto preceito («Guardar abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja») assegura os dias de ascese e de penitência que nos preparam para as festas litúrgicas e contribuem para nos fazer adquirir domínio sobre os nossos instintos e a liberdade do coração.
Ou seja, quem não faz penitência não tem liberdade de coração. Uma pessoa que luta contra o pecado, se não faz penitência fica presa aos efeitos desgraçados que eles produzem em nossa alma, em nosso coração, tirando-nos do equilíbrio desejado por Deus e da vida de abstinência.
Antes os padres também ensinavam e aconselhavam penitência, principalmente depois da confissão (o que hoje parece uma palhaçada!) o que quase não se vê mais.
Santo Tomás de Aquino, o doutor angélico, nos ensina que além dos sacramentos que são meios eficazes de salvação e de purificação, a única forma de apagar a mancha que o pecado deixa na nossa alma, depois da confissão, é a penitência.
Nossa Senhora de Fátima quando apareceu pela quarta vez (no século XX, um pouco depois de 1917) para os pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta, disse uma coisa muito importante que é um apelo para todos os católicos (além de ter mostrado o inferno e ter feito o pedido da oração do terço pelas famílias, pelo fim da guerra e pela paz no mundo).
Suas palavras foram exatamente essas: 'Rezai, rezai muito; e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas'. O que são esses sacrifícios? São toda a penitência que a Igreja Católica ensina! Sobre essa questão temos uma frase do famoso padre da Igreja, São João Crisóstomo: 'Não há nada mais vil que um católico que não preocupa-se com a salvação alheia'.
ENTÃO É NECESSÁRIO FAZER PENITÊNCIA PARA QUE TENHAMOS AUTODOMÍNIO E UMA VIDA EQUILIBRADA, LIBERDADE DE CORAÇÃO, PARA A NOSSA PRÓPRIA SALVAÇÃO E OFERECER TAMBÉM PELOS PECADORES E POR AQUELES QUE ESTÃO INDO PARA O INFERNO POR NÃO TER QUEM REZE E FAÇA SACRIFÍCIOS POR ELES.
Para aqueles que acham que penitência é invenção da Igreja Católica, temos pelo menos dois momentos que São Paulo se expressa nas Sagradas Escrituras, tratando da questão do sacrifício como algo benéfico e necessário. Não acredita? Leia sem medo de encontrar a verdade! Está revelado a comunidade de Corinto:
"Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais. Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível. Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar. AO CONTRÁRIO, CASTIGO O MEU CORPO E O MANTENHO EM SERVIDÃO, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros". (1Cor 9,24-27)
E também a comunidade de Colossos:
"Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja". (Cl 1,24)
Completar na carne as tribulações que faltaram a Cristo parece que coisa de sadomasoquista, mas não é! É coisa de gente que entendeu o Evangelho e busca viver de acordo com a vontade de Deus, buscando uma forma de viver santamente, esquecendo de si mesmo, parando de olhar para si e olhando apenas para Cristo, para configurar-se verdadeiramente a Ele e viver como ele viveu (cf. 1Jo 2,6).
Já estendi bastante essa postagem, mas vamos entrar no quarto e último ponto para podermos encerrar. O contrário de inferno é o céu, que a condenação eterna versus a salvação eterna. Quem vive em pecado, não se confessa e não faz penitência, dificilmente terá uma vida de oração, que é o nosso último tópico.
É só nessa vida que temos a graça do arrependimento pois depois que morrermos não terá mais como nos arrependermos mais, pois está determinado que os homens morram uma só vez e logo após vem o juízo (cf. Hb 9,27).
Portanto, se você está pensando que pode viver em pecado e ao final da sua vida se converte, temos uma frase de Santo Afonso Maria de Ligório para incomodar seu coração: 'Quem reza se salva, quem não reza se condena'. Não fique pensando que pode viver sem rezar, porque se não rezar e não manter-se em comunhão com Deus não vai viver longe do pecado e se viver e morrer em pecado, vai ter como destino o inferno, para abraçar o capeta eternamente.
Santa Teresa d´Ávila vai mais longe ainda: 'Quem não reza se joga no inferno sem a ajuda dos demônios'. É muito sério e certa essa questão da oração que tanto Jesus ensinou e insistiu, ensinando como rezar a Deus Pai (cf. Mt 6,9-13), a perseverança que precisamos ter na presença de Deus como a viúva diante do juiz iníquo (cf. Lc 18,1-8), a vigilância em oração (cf. Lc 21,36), seus inúmeros exemplos que passava a noite em vigília na presença do Pai, etc.
São Paulo também exortava as comunidades a manter uma vida de oração constante (cf. 1Ts 5,17), orando em todos os lugares (cf. 1Tm 2,8) e chamava atenção para não começarem no espírito e acabarem na carne (cf. Gl 3,3). No Antigo Testamento esse clamor da oração era evidente, pois é sempre recomendada como uma forma de progredir na graça do nosso Senhor Jesus Cristo:
"Nada te impeça de orar sempre, e não te envergonhes de progredir na justiça até a morte; pois a recompensa de Deus é eterna". (Eclo 18,22)
A linda beata Teresa de Calcutá dizia: 'A oração torna os nossos corações transparentes e só um coração transparente pode escutar a Deus'. Dizia também que não importa o volume, a forma, as palavras e nem a duração da oração, mas importa que rezemos muito.
Isso é evidente no contexto em que vivemos: uma pessoa que não reza muito não tem forças para fugir das ocasiões de pecado, não percebe o momento de confessar-se e não tem a sabedoria que vem de Deus para unir a oração a penitência e fazer verdadeiros progressos na vida espiritual.
Não vou ficar aqui estendendo esse tema da oração sobre a necessidade, sobre como ter uma vida de oração (caso queira aprofundar-se um pouco mais acesse as postagens: "Rezando com o coração", "Oração em línguas", "Oração x reclamação" e "Oração eficaz") mas quero focar na necessidade de manter-se em vida de oração para não cair no risco de perder a vida de graça e a comunhão com o Senhor.
Santo Afonso Maria de Ligório dizia que precisamos estar prontos para morrer e se não estamos preparados para morrer a qualquer instante é porque não estamos nos mantendo na vida de oração, que é cotidiana. Esse negócio de só rezar final de semana, de deixar para momentos reservados é uma ideia falsa de oração.
A oração deve ser como o respirar, precisamos estar constantemente na presença de Deus, nos alimentando de sua graça, nos comunicando com Aquele que nos dá vida em abundância, que nos orienta, que guia nosso caminhar, que nos diz o que precisamos fazer e o precisamos renunciar para não cair no pecado e não deixar nossa fé esmorecer.
Vamos nos colocar na presença de Deus?
"Santo Senhor e Deus, como é maravilhoso me unir a Ti nesse momento de oração. Com simplicidade e com o coração de criança me coloco de Ti para reconhecer que nada sou. Amado Pai, quero confessar os meus pecados a Ti nesse momento (confesse ao Senhor e peça perdão pelos pecados veniais e mortais que você esteja vivendo). Quero te pedir a graça de que o Senhor prepare um momento para eu me confessar com um bom sacerdote também, para que recebendo o sacramento da Tua Igreja eu tenha a certeza do Teu perdão e me reconcilie contigo de tudo o que me afastou da Tua presença.
Meu doce Jesus, sacerdote eterno do Pai, toca-me com tuas chagas nesse momento. Cura-me dos vícios e da falta de vergonha na cara de me acomodar e ser um cristão estagnado, que mesmo sabendo das verdades vive de qualquer jeito. Santifica-me com Teu sangue e derrame sobre mim a potência de graças e bençãos que o Senhor abriu quando morreu e que jorram da cruz. Quero me deixar envolver por toda graça e toda benção do Senhor nesse momento. Não quero ir para o inferno Senhor! Livra-me da condenação eterna, livra-me da desgraça de viver longe da oração, longe da confissão, longe da penitência para que eu fique longe apenas do pecado e das tentações do demônio. 
Derrama sobre mim, Espírito Santo de Deus, um santo temor para que eu me converta de tudo o que pode me levar a condenação ao inferno. Enche-me com tua santidade e queima todo pecado que habita em mim. Corta toda erva daninha que cresceu em meu coração e me irriga com a água viva da purificação, renovando tudo o que eu sou. Arranca de mim com o teu vento impetuoso as raízes de mágoas, traumas, ódio, rancor e todo pecado que foi enraízado na minha história. Quero a tua ajuda para me livrar de todo pecado e toda ocasião de pecado. Ajuda-me a fugir Espírito Santo! Confio em Ti e na Tua defesa contra as acusações de satanás contra a minha vida.
Virgem santíssima, peço o teu auxílio e proteção para que eu não morra sem antes me confessar e receber a graça, pelas tuas mãos, de ser introduzido na glória do céu, começando a criar céu e deixar rastros de céu para todos que estão ao meu redor. Ajuda-me meu querido São Miguel e meu Anjo da Guarda a vigiar para não cair em tentação e fixando os meus olhos no Senhor, eu não desvie nem para a direita e nem para a esquerda.
Aleluia! Te louvo e te agradeço Senhor porque o Senhor não fez o inferno e não é Tua vontade que eu vá para lá. Obrigado Jesus, porque o Senhor morreu para me livrar do inferno! Te adoro Espírito Santo, porque sendo cheio e vivendo banhado na tua água viva não serei condenados às chamas eternas do inferno. Glórias a Ti meu Deus. Amém."
Vamos juntos assumir o propósito de sermos santos com a Comunidade Shalom e cantar junto com eles "A santidade eu vou buscar": http://www.youtube.com/watch?v=MACpCPfhkY4
Vamos manter-nos em vigilância e oração, seguindo o conselho "Vigiai e orai" do Ítalo Villar: http://www.youtube.com/watch?v=TGYdV3-GDyU
Ouça e aprenda com Matt Maher a ter essa necessidade do Senhor, com uma bela versão da canção "Lord, I need you": http://www.youtube.com/watch?v=N-KM_zpwfr4
Curiosidades sobre os tormentos do inferno, segundo São João Bosco (apenas uma parte):

"O inferno é um lugar destinado pela justiça divina para punir com suplícios eternos os que morrem em pecado mortal. A primeira pena que os condenados sofrem no inferno é a pena dos sentidos, que são atormentados por um fogo que queima horrivelmente, sem nunca diminuir de intensidade. Fogo nos olhos, fogo na boca, fogo em todas as partes. Cada sentido sofre a própria pena; os olhos sofrem pela fumaça e pelas trevas e são aterrados pela vista dos demônios e dos outros condenados. Os ouvidos, dia e noite, só escutam contínuos uivos, prantos e blasfêmias. O olfato sofre enormemente pelo mau cheiro daquele enxofre e pez ardente que o sufoca. A boca é atormentada por sede devoradora e fome canina: "E padecerão fome como cães". O mau rico no meio daqueles tormentos, ergueu o olhar para o Céu e pediu, como grande graça, uma pequena gota de água para mitigar a secura de sua língua e até essa gota de água lhe foi negada. Por isso, aqueles infelizes, requeimados de sede, devorados pelas chamas, atormentados pelo fogo, choram, gritam e se desesperam. Oh! Inferno, inferno! Como são infelizes os que caem nos teus abismos! -- E tu que dizes, meu filho? Se agora não podes aguentar nem uma fagulha de fogo na mão sem gritar, como poderás aguentar-te então entre aquelas chamas por toda a eternidade?"

Que Deus nos abençoe e nos dê a graça de não criar mais inferno e não ir para lá quando morrermos!